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A 4 de Outubro de 1957, a União Soviética lança o Sputnik, o primeiro objecto posto pela humanidade em órbita à volta de um corpo celeste, inaugurando assim a era da corrida espacial. Inevitavelmente os compositores viram-se também imbuídos pelo novo espírito aventureiro que esta época parecia conter. Em 1960, George Russell e um grupo de estrelas do jazz gravam Jazz in the Space Age, um disco histórico já com algumas ideias do revolucionário tratado Lydian Chromatic Concept of Tonal Organization do compositor. Mas o que faz afinal esta música? De tudo. Gravita. Ora nos atrai, ora nos afasta. Permite-se deambular, olhando talvez este planeta próximo, cruzando-se com uma estrela, quem sabe desviando-se de um meteorito em alta velocidade. Russell escreveu a partitura de Jazz In the Space Age e deixou intencionalmente um espaço aberto para a improvisação livre – fixou os satélites nas órbitas e a imaginação dos seus corpos celestes fez o resto. Trouxe para a música o universo com todas as suas possibilidades e mistérios. Um Cosmos que de tão imenso nos podia parecer infinito, tal como a Música. 60 anos depois permitimo-nos gravitar nesta partitura, hoje com outros corpos celestes que olham para esta música a partir da sua poeira cósmica única.
Texto: Liliana Marinho
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Jazz In The Space Age é também a mais recente edição da OJM e a primeira com o selo CARA.
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