Orquestra Jazz de Matosinhos & Kurt Rosenwinkel
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Our Secret World - Live At CARA
Kurt Rosenwinkel e Orquestra Jazz de Matosinhos: música que se vê


“Visualizo a música como se de um cometa se tratasse, voando através do Universo. Se um músico conseguir meditar de forma suficientemente profunda, pode projectar-se para fora do planeta e colocar-se num certo ponto no espaço. Então o mesmo cometa passa e simplesmente leva o músico consigo.” Kurt Rosenwinkel

Quinze anos volvidos desde a gravação de Our Secret World, a big band portuguesa e o virtuoso guitarrista de Filadélfia regressam ao fascinante imaginário do disco, numa performance ao vivo, no CARA, gravada em 2021 e agora editada em vinil, já disponível para pré-venda.

São quatro temas registados também em vídeo que compõem esta edição: “Our Secret World”, “Dream Of The Old”, “Turns” e “Use of Light” ganham nova vida e revelam na sua expressão o valor do tempo que foi entrelaçando, de forma mais profunda, a relação dos músicos com os arranjos sobre as composições do guitarrista.

Rosenwinkel é um músico de indiscutível destaque no jazz moderno e um compositor com um universo sólido e único. Há um mistério que emana dos temas que escreve, uma força avassaladora nas progressões harmónicas que usa que parece libertar a música de um género ou de qualquer consciência teórica, para nos contar uma história, envolvendo-nos num ambiente cheio de texturas. Podia dizer-se que é música altamente cinematográfica, mas será talvez algo para lá disso. Porventura será assim porque são frequentemente elementos visuais a inspirá-la, como é o caso de “Turns”, influenciado por desenhos arquitectónicos, plantas de edifícios que decoravam o seu quarto, ou de “Dream Of The Old” a partir da imagem-memória de um grupo de pessoas mais velhas (seria uma espécie de lar de idosos) no alpendre da casa em frente à que Kurt vivia com os amigos quando estudava na Berklee Colega of Music, também ele no alpendre a observá-los do lado oposto do momento e também da vida.

Vinga também nestas quatro composições um balanço entre harmonias sofisticadas e complexas e ideias simples com um cariz verdadeiramente emotivo. Será isto, por um lado, fruto de um vasto leque de referências musicais — do hip-hop à música clássica — ou consequência de uma abordagem à forma como toca guitarra muito próxima do piano, que foi de resto o seu primeiro instrumento? O facto é que as composições de Rosenwinkel enfatizam uma linguagem que é sua, inimitável e singular.

Os arranjos de Carlos Azevedo e Pedro Guedes desenham-se em torno dessa voz, respeitando-lhe a essência, dando-lhe corpo e desfrutando da ampla palete sonora proporcionada pela big band, mas sem lhe retirar identidade. Um equilíbrio delicado que foi amadurecendo ao longo destes anos em que a música foi tocada um pouco por toda a Europa e EUA, procurando sempre um som mais refinado que fica enfim marcado neste “Our Secret World - Live At CARA”.

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